sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Obscenidades para uma dona de casa

Com humor o autor retrata a vida rotineira de uma dona de casa, uma mulher normal, de meia idade, totalmente puritana e fiel ao seu marido acima de todas as coisas.
Sua vida muda totalmente quando ela começa a receber cartas anônimas com linguajares escrabosos e que lhe causavam tamhanha repugnância e desespero. Era mulher limpa ela dizia, dois eu três banhos ao dia e sempre perfumada com lavanda.
Abria gavetas, arrumava sutiãs e calcinhas, olhava as meias do marido, ligava a tv... a hora ia passando e nada da carta chegar.
Desce, pega a carta, põe no bolso e naturalmente vai ao supermercado comprar Puropurê, o que ela sempre fazia.
Quando chega em casa abre a carta cuidadosamente, sente-se humilhada, arrasada, desgostosa pois não é de sua integridade receber esse tipo de coisa.
Ela adoras as segundas, quartas e sextas, ninguém em casa e nunca sabe onde as crianças estão.
Como adolescente deita-se em sua cama, começa a escrever outra carta que lhe será entregue na segunda, pensando o que vai ser de sua vida se parar de receber estas cartas.
Autor: Ignácio de Loyola Brandão
Bibliografia:
"Os Melhores contos de Ignácio de Loyola Brandão" Seleção Dionísio da Silva, Editora Global - São Paulo, 1997, foi eleito por Ítalo Moriconi e consta do livro "Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século". Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2000.
Nomes: Jaíne Ananda
Julia Mazzetto

Nenhum comentário:

Postar um comentário