quinta-feira, 10 de junho de 2010

Semana da Arte Moderna - 50 anos do primeiro manifesto literário



Com um novo modo de ver o Brasil, a Semana de Arte Moderna, em 1922, São Paulo, foi um marco, em que os realizadores tinham como objetivo acertar a literatura com a modernidade contemporânea. Necessitando conhecer as técnicas literárias e visões de mundo do futurismo, do dadaísmo, do expressionismo e do surrealismo, apartir daí começou a resultar a mudança.

Houve duas correntes modernistas: a de inspiração conservadora e totalitária, e outra, crítica e interessada em contribuir para o conhecimento de um Brasil que não aparecia nas manifestações oficiais da nossa cultura, denunciando o atraso, miséria e subdesenvolvimento, com uma linguagem moderna, coloquial, com as inovações.

Em 1924 essas duas correntes se delineiam, com a publicação do primeiro manifesto de Oswald de Andrade, Pau Brasil, no "Correio da Manhã", em que estava inscrito o que guiaria as atividades da ala modernista: "A língua sem arcaísmos, sem erudição. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos". A outra corrente, conservadora, que iria opor-se, a conhecida por verde amarelismo: um canto de amor, cego e irrestrito, às "glórias pátrias".

Apesar de fazer 50 anos desde do primeiro manifesto literário, teve muitas mudanças, politicamente e culturalmente, mesmo que ainda haja traços de dependência. Mesmo o manisfeto de Oswald de Andrade ser escrito em uma linguagem elíptica, com ambiguidades e sem ligação explícita nas frases, ainda sim é possível extrair formulações, como o que caracteriza é a retratação do caráter assimétrico da nossa cultura.


(Patricia, Jonathan, Taís, Pamela, Roberta)

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